Embalada pelas vitórias e as chances reais de títulos no Campeonato Brasileiro e na Copa Libertadores, a torcida do Flamengo tem justificado a fama de ser “uma nação”. Em 23 jogos do time como mandante em 2019, 1.114.803 milhão de rubro-negros já foram para a arquibancada apoiar o time, número que dá um importante impulso nas finanças rubro-negras.
Em 2019, o Fla já arrecadou R$ 65,7 milhões com bilheteria. O que pesa a favor da balança rubro-negra, no entanto, é a drástica redução de custos e taxas se comparados ao período de gestão da Odebrecht. Atualmente, o clube fica com 47,5% em média da renda. Este número girava na casa dos 14% no ano passado, quando a construtora ainda dava as cartas no estádio. Neste novo cenário, as despesas mordem (em média) 59% das rendas. Antes este índice ficava na casa dos 80%.
De acordo com dados do orçamento planejado para o ano, o Rubro-negro estimava faturar R$ 109,3 milhões com venda de ingressos, sócio-torcedor e receitas oriundas do estádio. Com o investimento pesado no time, o Fla atraiu seu torcedor ao Maracanã e viu crescer seu programa de sócio, que hoje conta com 109.592 inscritos.
Em seus dois demonstrativos financeiros trimestrais de 2019 (até junho), o clube apontou ganhos de 33,4 milhões com os associados. Se somada esta receita com o a do dinheiro oriundo dos bilhetes até aqui, os rubro-negros já faturaram R$ 99,1 milhões, o que deixa o clube a um passo de bater com folgas o que foi alinhavado na primeira peça orçamentária com Rodolfo Landim na presidência. Vale ressaltar que não estão lançados aí os ganhos do “Nação” em julho e agosto.
Toda esta conta ainda não considera o que o Fla fatura no Maracanã em dias de jogos, com a venda de alimentos e bebidas, por exemplo. Esta grana também estará embutida no resultado final deste “pacote Maracanã”. Como tem ao menos 12 jogos como mandante, os cariocas vão atingir o alvo com folga.
Rei de público
As contratações de nomes como Gabigol, Arrascaeta, Bruno Henrique e outros agitaram a torcida rubro-negra, que protagonizou 9 entre os dez maiores públicos do futebol brasileiro no ano.
No topo da lista está o clássico diante do Vasco [com o Cruzmaltino como mandante], que encheu o Mané Garrincha com fãs dos dois clubes mais populares do Rio de Janeiro. A goleada do Fla por 4 a 1 teve 65.418 pagantes, a melhor marca no país.
Dali até o 10º posto, os rubro-negros só não figuram na 8ª posição, que pertence ao clássico São Paulo x Corinthians, que teve 58.713. A lista é completada pelas partidas que o Fla disputou contra Athletico, Peñarol, Emelec, San José, Goiás, Internacional, LDU e Chapecoense, todas elas no Maracanã. A média de pagantes é de 48.469. A de presentes, por sua vez, é 52.057 pessoas.
Bilheteria “empata” o patrocínio
Se os tíquetes e demais verbas referentes ao estádio tem representado um dinheiro importante no clube, os patrocínios não devem bater a meta estipulada de R$ 107,2 milhões, ainda que nova gestão tenha conseguido preencher boa parte dos espaços e propriedades disponíveis do uniforme.
Patrocinador master, o Banco BS2 assinou um acordo com variáveis que dependem da adesão de torcedores aos seus produtos, o que torna o valor final mais incerto. No fim, a tendência é que esse provável déficit com essas receitas seja coberto pela grana dos bilhetes e demais itens relacionados.
Fonte: Uol.com.br