De volta ao topo, o Flamengo venceu Franca por 81 a 72 no último sábado (8) e sagrou-se hexacampeão do Novo Basquete Brasil 11. Com um histórico apoio da Nação Rubro-Negra no Ginásio Poliesportivo Pedrocão, o Mais Querido do Mundo coroou o grande trabalho feito nesta temporada, passando desde a comissão técnica para os jogadores e a diretoria responsável pelos Esportes Olímpicos rubro-negros. Feliz e realizado por coordenar a grande conquista do time da Gávea, o Vice-Presidente da pasta, Delano Franco, falou ao site oficial sobre o título e os projetos futuros das modalidades.
“É maravilhoso viver esse momento. Na última conversa que tive com os jogadores antes do jogo, comentei que venho do mercado financeiro em que ligam muito para números, métricas. Meus amigos me perguntam de onde vem a motivação para estar em um cargo voluntário como é o de Vice-Presidente de Esportes Olímpicos. Contei isso para os jogadores e que tinha certeza que, se essas pessoas estivessem ali com a gente, entenderiam tudo. Essa mágica só tem no Flamengo, você leva isso para a vida. O momento da torcida entrando, os minutos finais de jogo. Isso ficará na minha memória para sempre, dinheiro não compra. Como um todo, é um prazer muito grande ter trabalhado para uma conquista como esta. Para mim é bom demais”, disse Delano.
Retorno ao topo do basquete nacional e apoio da Nação
“Foi histórico, pois estávamos perdendo a série por 2 a 1 e conseguimos ganhar no Maracanãzinho para empatar tudo. Em seguida enfrentamos um desafio especial que era ganhar no Pedrocão diante de uma torcida aguerrida como a deles. Acho que essa vitória começou a ser construída primeiro com a presença da torcida em massa, algo épico. Conseguimos mobilizar ônibus, trazer torcedores de diversos Estados. Esse foi um esforço que envolveu diversas vice-presidências, como Marketing, Financeiro, Embaixadas e Consulados além de, claro, muitos dos Esportes Olímpicos, como Marcelo Vido (diretor) e Diego Jeleilate (gerente basquete). Quando eu estava na quadra e os torcedores começaram a entrar, foi uma coisa de arrepiar. Eles entraram cantando, mostrando para os jogadores que ele estavam em casa. Isso fez uma diferença extraordinária para a conquista.”
“Um segundo aspecto foi a nossa decisão de retirar um pouco da pressão dos atletas, que estava muito grande. Apesar de toda experiência deles, sentimos que estávamos com um excesso. Então toda conversa de vestiário que tivemos foi no sentido de que a chegada na decisão cumpria o que estava no planejamento do clube. Naquele momento, era por eles, pela Nação, pela história. Queríamos tirar pressão institucional e relaxá-los um pouco.”
Projetos com o marketing
“Hoje temos uma área no marketing exclusiva para os Esportes Olímpicos. Com ela conseguiremos buscar mais patrocínios, sejam eles por projetos incentivados ou diretos, para que a gente consiga seguir caminhando em uma boa direção. Queremos ainda acelerar o crescimento do Anjo da Guarda, que tem um potencial enorme. Estamos conversando com alguns possíveis parceiros no mercado financeiro para serem captadores do Anjo, por exemplo. Esse programa gera uma ligação mais forte do torcedor com os Esportes Olímpicos, além de obviamente ser uma fonte de financiamento.”
Projeto do vôlei
“O objetivo do vôlei agora é formar uma boa equipe para a Superliga A, com investimento dentro da responsabilidade que nos caracteriza hoje em dia. A meta desse ano não é como a do basquete, que é ser o favorito, mas sim um passo intermediário para a temporada seguinte, quando pretendemos ter acumulado mais experiência na competição, além de patrocínios mais vultosos, de modo a entrarmos como um dos favoritos”. Não adianta dar um passo maior que as pernas e a festa durar pouco. Há vários exemplos disso no passado, em diversos clubes, que mostram didaticamente o que não deve ser feito.”
Esportes Olímpicos
“Hoje temos, por exemplo, uma posição ascendente nos esportes aquáticos (natação, nado artístico e polo), com contratações importantes. Na parte de ginástica artística, tivemos a saída da Luisa Parente, que foi importante para a categoria e foi para um novo desafio profissional. Então temos a tarefa de substituir à altura do grupo. Estamos também contratando um gerente dedicado ao judô.”
“Para o basquete, estamos trabalhando em contratações novas que fiquem dentro do espírito da equipe, eventualmente nomes que tenham menos experiência mas que tenham excelência técnica e a ‘pegada Flamengo’, de modo a compor com nossos craques. Tudo para construir um legado pensando na sequência para quando esse time parar. Temos também um projeto de franquias das escolinhas de que gostamos muito. Começaremos com vôlei, basquete e natação para captar recursos e atletas para os esportes olímpicos. Vamos bonificar os franqueados pelos atletas que forem aproveitados na base, captando talentos do país todo. A previsão é começar essas franquias em 2020.”
“Mais para frente temos essa meta de ter uma área de esportes olímpicos que seja reconhecida como a maior do Brasil. Estamos entre as principais hoje, mas temos alguns degraus para subir ao nível que o Flamengo merece por diversas razões. A nosso favor há a vontade que sinto dos atletas olímpicos de estarem no clube, que vem por vários motivos, como cumprimento das promessas, um projeto coerente, salários em dia, uma torcida especial. Achamos que todo caminho está montado para chegarmos lá, mas é um passo de cada vez. Queremos fazer coisas sustentáveis para seguirmos no topo.”
CUIDAR
“Dentro do espírito do CUIDAR, dessa parte de inteligência, queremos ter uma integração maior com os atletas da base e seus pais para sabermos onde precisamos melhorar. O Flamengo é um time formador por excelência., Estamos criando um método de avaliação online. Começaremos este ano com as categorias mais novas e os atletas terão, duas vezes por ano, a oportunidade de avaliar o que está acontecendo no time, o que pode ser melhorado, o que está bom. Com isso, poderemos fazer análises de cada modalidade/equipe para atacar os pontos críticos.”
Fonte: Flamengo.com.br